Problema em viaduto gera debate no Plenário

por Divisão de Comunicação publicado 23/11/2018 17h20, última modificação 23/11/2018 17h21
Laudo encomendado por vereador aponta risco de “colapso estrutural” do viaduto Fuad Auada. Prefeitura diz que situação está sob controle

Rodolfo Blancato e Deniele Simões

A falta de manutenção no Complexo Viário Fuad Auada foi um dos assuntos que mais repercutiram durante a Sessão Ordinária desta quinta-feira (22), durante a qual os vereadores de Osasco aprovaram a Moção de Apelo 563/2018. A proposta, de autoria do vereador Ralfi (Podemos), pede a realização urgente de obras no viaduto.

O parlamentar encomendou um laudo ao engenheiro Marcio Rogerio Stuani, que apontou o mau estado de conservação das juntas de dilatação. De acordo com o profissional, caso não sejam corrigidos, esses problemas podem levar ao “colapso estrutural” da construção. Stuani, entretanto, descarta a necessidade de interdição imediata da via e sugere a realização de testes para que se avalie a real gravidade dos danos.

"Ele pede que seja feito um exame mais detalhado, com aparelhos e instrumentos técnicos específicos, para ver o que está realmente acontecendo no viaduto. Pode ser [que só seja preciso] substituir a borracha, fazer um pequeno reparo, como pode ser um problema maior", argumentou Ralfi na tribuna.

Ele já havia alertado para o problema em setembro, quando apresentou a Indicação 18.314/2018, na qual solicita a realização de obras no local. Nos últimos dias, após o desabamento parcial de um viaduto em São Paulo, o parlamentar tem utilizado as redes sociais para cobrar ações da Prefeitura a respeito do complexo viário osasquense.

O vereador Tinha Di Ferreira (PTB) também pediu a palavra para expressar preocupação sobre a situação da construção. "O negócio está esquisito. Você passa de carro lá e a roda já bate [na fenda]", comentou. Ele disse que solicitará a realização de uma audiência pública para debater o assunto.

Toniolo (PCdoB) foi o único parlamentar a votar contra a moção. Para ele, a Prefeitura não foi negligente, pois no dia 2 de outubro já havia aberto um processo licitatório para a troca da cinta emborrachada que reveste a junta de dilatação do complexo viário. “Nós não podemos colocar em pânico a nossa cidade. Existe o problema? Nós temos que identificar o problema, levar para as pessoas certas", disse o parlamentar.

Já o prefeito Rogério Lins (Podemos) afirmou no site da Prefeitura que os engenheiros do município asseguraram a ele que não há problema estrutural na construção. “O material apenas sofreu o desgaste natural da ação do tempo. Essa fenda na junta de dilatação é normal em qualquer viaduto no mundo. A população pode ficar despreocupada. Tentaremos fazer essa troca o mais rapidamente possível”, declarou o Chefe do Executivo.