Autoridades debatem Programa Vizinhança Solidária em Osasco

por Divisão de Comunicação publicado 12/09/2018 11h58, última modificação 12/09/2018 11h58
Encontro foi promovido pela Frente Parlamentar de Segurança Pública.

Deniele Simões

Vereadores, autoridades da área de segurança pública e representantes da sociedade civil organizada estiveram reunidos na noite desta segunda-feira (10) para debater a implantação do Programa Vizinhança Solidária (PVS) durante Audiência Pública na Câmara.

A Audiência foi proposta pela Frente Parlamentar de Segurança Pública, composta pelos vereadores Josias da JUCO (PSD), Batista Comunidade (Avante), Dr. Renato Bonin (PR) e Ricardo Silva (PRB).

O Programa, regulamentado pela Lei Estadual 16.771/2018, tem caráter preventivo e propõe a união entre a polícia e a sociedade no combate à criminalidade.

O PVS já funciona em alguns municípios do interior e Grande São Paulo, a partir da criação de uma rede de comunicação em que a vizinhança municia a polícia com informações que auxiliam na prevenção e no combate aos crimes.

Para aderir ao Programa é preciso procurar a Companhia de Polícia Militar mais próxima ou o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da região e preencher um requerimento de análise. Em Osasco, alguns bairros já participam do PVS, mas a ideia é garantir que a ação seja ampliada, a partir de mais adesões.

O autor da lei, Deputado Estadual Coronel Camilo (PSD) detalhou o programa e explicou que se trata de uma iniciativa simples e gratuita, que pode ajudar muito a reduzir a criminalidade. “A ideia é que cada um cuide um pouquinho da sua rua, do seu bairro e mostre à polícia”.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

O subcomandante da Guarda Civil Municipal de Osasco, Inspetor Júlio Vaz, apresentou um balanço das atividades da corporação, que dobrou o efetivo nos últimos anos. “A intenção é integrar mais 200 guardas”. Ele exibiu gráficos de atuação da CGM, que atendeu 1.833 ocorrências no primeiro semestre, e mostrou as principais operações promovidas.

O Comandante do 14º BPM-M, Tenente-Coronel PM Luiz Antônio Rosa, abordou a situação de Osasco na área de segurança. Houve redução no número de homicídios, mas os casos de estupro e de furtos de veículos aumentaram.

O responsável pela PM de Osasco ressalta que as estatísticas são usadas para montar as ações de combate ao crime. No entanto, nem sempre os dados correspondem à realidade, porque as vítimas deixam de registrar o boletim de ocorrência na delegacia, prática que acarreta na chamada “subnotificação de ocorrência”.

Renato Bonin questionou o mau atendimento nas delegacias de polícia que, segundo ele, acaba fazendo com que a vítima desista de registrar o BO. “Isso conspira contra o trabalho e contra tudo o que a gente está falando aqui”, lamentou.

Ricardo Silva defendeu a educação como aliada na prevenção ao crime e elogiou a iniciativa do PVS. “É um programa importante e creio que pode trazer resultados positivos”.

O Presidente da Frente Parlamentar, Josias da JUCO, espera que Osasco abrace a causa da Vizinhança Solidária a partir dessa Audiência. “É o que queremos para a nossa cidade”, concluiu.

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